Como diz o ditado: Um dia da caça outro do caçador. Pois é,
em alguns momentos me sinto um animal sendo caçado pelo capital. Propagandas,
promoções, propagandas, promoções. Compre! Compre! Morda a isca, estamos atrás
de você. O comércio pede e o publicitário faz sua parte.
Mas vamos ao meu dia de caçador, porém um tanto caça. Para
começar essa incrível odisséia da gula, preciso fazer só mais uma crítica. É
hoje estou um pouco ácido. É impressionante como os preços dos alimentos
nos supermercados oscilam de um dia para outro, isso me deixa extremamente
irritado, já que minha memória não é lá aquela coisa.
Fico frustrado quando olha para um produto e falo: “Amor
olha que barato”. Em seguida vem a frase: “Você comprou isso semana passada bem
mais barato” (expressão de frustração de personagem de manga). Como eu paguei
mais barato semana passada? Só foram sete dias do dia de hoje, como isso já
subiu e como eu não lembro? (cara de frustração de personagem de manga 2)
E as promoções? As promoções são maravilhosas, compramos
até o que não precisamos. E o dono do mercado ficou feliz agora, o mané mordeu
a isca. Mas o meu dia chegou! Haaaaaa pegadinha do Malandro!
Num belo dia chego à redação do jornal, procurando uma
pauta como todos os dias. Abro o jornal para ver o conteúdo e dou de cara com
um anúncio grande, tipo uma página e lá tinha uma foto de uma costela
vermelhinha linda. Sabe anúncio McDonald, que quando vê da fome, mas assim que
pega seu pedido o lanche parece uma bolachinha recheada e desconjuntada? Então
lá estava ela – a costela – corri o olho para o lado e o preço saltou R$ 4,60 o
quilo. Olhei novamente, passei o dedo no olho e tentei focar novamente, caraca!
Sai da redação e fui direto para o setor comercial
perguntar se aquele valor estava correto. Hahaha hoje é meu dia!
E não é que o tal publicitário do supermercado errou o
valor. Mas como o que está veiculado e o que vale, liguei para Mary, nesse
tempo ela trabalhava nesse mercado. “Amor pede para separar cinco quilos de
costela ripa que estou passando ai”. Diz Fernando empolgado.
Assustada, pois como sempre veste a camisa da empresa, ela
falou que isso não era correto, mas como eu sou consumidor e tenho diretos e
deveres, retruquei: “Pode pedir para separar a carne que já passo ai”. “Hoje
vai ter costela com mandioca na pressão! O beleza”.
Partiu para o mercado como o jornal embaixo do braço e uma
ideia na cabeça. A hora que cheguei ao mercado até passou pela minha cabeça:
“Ora pois! Pois! coitado do Gajo, dono do Supermercado”... Mas isso passou
rápido.
Peguei a carne no açougue e fui para o caixa, ao passar na
maquina registradora vi que o preço não estava batendo com o da promoção, é
claro! “Opa só um minuto, o valor ta errado olha aqui o preço que esta no
jornal”. “Ai senhor só um minuto”. Lá vem história para o meu lado, fiquei esperando.
Chegou uma mulher com uma cara de esnobe e disse que podia fazer o desconto.
Eita agora estou bonito, vou engordar uns quilos, saí feliz com minha costela
da promoção.
O prato!!!
Pessoas chamam de Vaca Atolada eu chamo de costela ripa com
mandioca na panela de pressão e adoro pratos ensopados. Parece que estou
sentindo o cheiro daquela costela. Ainda mais, pois se me lembro bem quase
fiquei sem nada, já que nesse dia chamei dois amigos que godere di
un bel piatto.
Mas então pessoal a coisa é simples, uma bela costela,
temperos, mandioca, panela depressão. Para esse prato eu pratiquei o desapego
pelo tempo, pois gosto da costela bem molinha:
Ingredientes
800 g de costela ripa
2 cebolas picadas
4 dentes de alho amassados
1 colher (sopa) de vinagre
1 cubinho de caldo de carne
– mandioca descascada e cortada em pedaços
– salsinha picada
– cebolinha verde picada
– óleo
– sal
Modo de preparo
Leve ao forno a costela com a cebola, o alho, sal e óleo. Frite até que dourem. Junte os tomates, o vinagre, a salsinha, a cebolinha e o cubinho de caldo de carne. Acrescente água suficiente para cobrir. Cozinhe: quando a carne estiver macia, adicione a mandioca e água suficiente para cozinhá-la. Deixei por volta de duas horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário